quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sarney descarta formação de "superbloco" no Senado

Presidente nega que acordo possa ser costurado na Casa
Agência Estado
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/73/Sarneyoficial.jpg
Ao comentar a manobra política deflagrada nesta terça-feira (16) pelo PMDB, que montou um megabloco de deputados na Câmara dos Deputados à revelia do PT, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou que o mesmo tipo de acordo possa ser costurado no Senado.

- Acho que aqui não temos em vista, pelo menos até agora, ninguém quer tratar desse assunto de fazer bloco nenhum. Eu não conheço o que ocorre na Câmara e não sei as motivações que levaram a bancada a fazer isso.
Na Câmara, o PT elegeu a maior bancada federal, 88 deputados. No entanto, a união entre PMDB, PP, PR, PTB e PSC formará um bloco de 202 parlamentares. O "blocão" ameaça as pretensões do PT de dividir o comando da Câmara e do Senado com o PMDB, e ainda obrigará a presidente eleita, Dilma Rousseff, a negociar com o grupo para aprovar projetos de interesse do governo.
Enquanto os líderes dos cinco partidos fechavam o compromisso do "blocão" no Congresso, na tarde desta de terça-feira (16), o presidente do PMDB e vice-presidente eleito, Michel Temer (SP), almoçava com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, mas não lhe comunicou sobre a manobra.
Sarney, nesta manhã, saiu em defesa do colega peemedebista e disse que a prioridade de Temer neste momento é atuar como integrante do grupo de transição do governo.

- No momento, ele está acumulando essas funções e, evidentemente, algumas vezes, elas interferem uma na outra, mas não é esse o desejo dele e não acredito que a ministra Dilma tenha dado qualquer declaração neste sentido.

Além de presidir o PMDB e ser vice-presidente eleito, Temer acumula o cargo de presidente da Câmara dos Deputados.

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