Polícia Militar fechou ruas para evitar acidentes em áreas de risco.
Idosos e crianças estão impressionados com os desmoronamentos.

Luzete é hipertensa e não consegue buscar os
remédios em casa (Foto: Vinícius Sgarbe)
Mas o caso de Luzete da Luz Pereira, de 76 anos, ficou sem solução. A casa dela está longe do bloqueio, em um trajeto “impossível sem carro. Preciso dos meus remédios para hipertensão. No dia em que saí, com aquela correria toda, só peguei quatro comprimidos”. A filha Celi Baltazar diz que “o problema é que acabou os dinheiro nos caixas eletrônicos” e está preocupada. Elas estão na casa de amigos.
Natural de Antonina, Luzete lamenta: “Nunca aconteceu algo assim por aqui, uma tragédia desse tamanho. A gente vê pela televisão, lá no Rio de Janeiro, e pensa ‘Antonina é pequenininha, mas é tão bom’. E agora isso. Meus amigos perderam tanto”. Três idosas (duas de 80 e uma de 70 anos), voluntárias em um dos abrigos, concordam: “Nunca vimos nada assim” – elas repetiram várias vezes a frase.

Dirceu e Perácio conseguiram sair das áreas de
risco (Foto: Vinícius Sgarbe)
As crianças abrigadas nunca lamentaram tanto a falta da escola. Por exemplo os primos Natanael Pereira, de 13 anos, e Angelo Junior Marcos de Freitas, de 12 anos. O primeiro diz que “é muito ruim não poder ir às aulas, aprender alguma coisa”. O segundo “triste, né?”
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